Reinventar todos os dias para cumprir, eficazmente, uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Quinta feira de espiga - Festa da Ascenção
Prata, ouro,
alegria, paz e abundância para o próximo ano… a que acrescento saúde e trabalho
para todos!
O dia da
Ascensão ou dia da Ascensão do Senhor, tem lugar quarenta dias após o domingo
de Páscoa. Designado, popularmente, por quinta-feira de Espiga, comporta praxes
e tradições que assumem carácter universal. A mais comum está ligada ao ramo de
espiga, com «poderes de virtude benfazeja», que se colhe neste dia pelos
campos, constituído por espigas de trigo (abundância de pão), tronquinhos de
oliveira (que simbolizam a paz), papoilas (a alegria), malmequeres brancos (a
prata) e malmequeres amarelos (o ouro) – sempre em número ímpar em relação a
cada um destes elementos.
Colhido o ramo, de preferência entre o meio-dia e a
uma hora, devem rezar-se, conforme manda o preceito, três ave-marias e três
pais-nossos (Beira Litoral). Em certas zonas do Alentejo, respeitando-se o
sacralismo desse momento, considerado o espaço mais benéfico, colhem-se cinco
espigas de trigo, cinco folhas de oliveira e o maior número possível de flores
silvestres brancas e amarelas. Enquanto se procede à recolha, rezam-se cinco
ave-marias, cinco pais-nossos e cinco gloria patri,«para nesse ano haver em
casa trigo, azeite, ouro e prata».
O ramo de espiga guarda-se dentro de casa, na cozinha
ou na sala, por vezes atrás da porta ou junto de uma imagem religiosa, aí se
conservando, servindo de talismã, com «virtudes de protecção e esconjuro», até
ao ano seguinte, altura em que é substituído por um novo ramo.
No Ribatejo, o dia da Espiga é declarado feriado, por
ser «o dia mais santo do ano». Também em Évora (Alto Alentejo), da parte da
tarde de quinta-feira de Ascensão, algum comércio e serviços encerram as
portas, de modo a que os seus funcionários possam cumprir a tradição de colher
«o raminho protector e apelativo da abundância».
Nesta data, crenças e praxes continuam a subsistir
entre a comunidade rural, ao contrário do que acontece nas grandes cidades,
onde se vai perdendo dia a dia o contacto com os rituais que nos ligam ao
passado, como suporte da nossa própria identidade, manifestada na fé, no
respeito e no valor das coisas que nos foram legadas.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
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